domingo, 10 de julho de 2011

Eterna saudades nas asas do Cuitelinho

Ai, que pena morena, que pena
Ai, que pena morena que da
Ai, que pena a viola calou
Pra fazer violeiro chorá.


Erga as asas cuitelinho
Voe sereno e sem faia
Vá buscar seu novo ninho
Onde ninguém atrapaia


Leve esta Pena Branca
Por favor nao se distraia
O violeiro não gosta 
Que o botão da rosa caia.


Passou na beira do porto
Onde as ondas se espaia
A guarça deu meia volta
Foi-se embora desta praia.


Deu adeus aos seus amigos
Despediu da parentaia
No seu peito o coração
Enfrentou forte bataia.


A sua saudade corta 
Que nem aço de navaia
Os zóio se enche dágua
Que ate as vistas se atrapaia.


Vou guardar a sua imagen 
No lugar de uma medaia
Bem juntinho do meu peito
Onde o coração trabaia.


Autor: Simão Pedrosa